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Gender pay gap: em 2023, lideranças terão papel fundamental no combate à disparidade salarial entre gêneros

O ano de 2023 reserva novos desafios ao mundo corporativo. Ajudar na melhoria de vida dos colaboradores e de seu próprio entorno são alguns daqueles que vieram para ficar no pós-pandemia.

O ano de 2023 reserva novos desafios ao mundo corporativo. Ajudar na melhoria de vida dos colaboradores e de seu próprio entorno são alguns daqueles que vieram para ficar no pós-pandemia. Particularmente, se tratando do setor de RH, enxergo aí uma grande oportunidade: contribuir para a eliminação do gender pay gap (disparidade salarial entre gêneros). De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em geral, as mulheres ganham 16% a menos do que os homens.

Sendo assim, é preciso que arregacemos as mangas em prol da transformação. Este dado não é único. É apenas um dos tantos outros que surgem de mapeamentos feitos por organizações sérias, de extrema credibilidade, e que apontam uma realidade, que poderia ser bastante diferente, bastando a implementação de programas internos. Às lideranças, meu alerta: enxerguem este vácuo o quanto antes.

Na A&M, por exemplo, por meio do programa DNA (Diversidade na Alma), temos ampliado a participação das mulheres em postos de liderança. Como empresa, temos uma política de cargos e salários com estrutura salarial estabelecida por níveis de cargos, levando em consideração as particularidades das unidades de negócios. O método traz não somente praticidade, mas transparência em relação aos salários e à cadeia de valores.

No que diz respeito às variáveis de diversidade, seguimos a mesma premissa, buscando sempre as melhores práticas em relação ao tema que, aliás, deu origem à uma carta pública na qual a empresa firma seu compromisso. Licença-maternidade de seis meses e de paternidade de um mês, que podem ser usadas ao longo do primeiro ano de vida do bebê; “espaço de fala” autogerido por mulheres para implementação de novas iniciativas; banco de talentos afirmativo, direcionado a elas. São apenas algumas medidas implementadas pelo nosso time para combater o gender pay gap.

Vale destacar que a diferença mais significativa entre homens e mulheres no mercado de trabalho é relativa à renda auferida, como revela estudo da FGV. Em 2012, o rendimento médio habitual dos homens era de R$ 2.983, cerca de 34% superior ao das mulheres (R$ 2.212). Hoje, o rendimento deles é de R$ 2.917, 27% superior ao rendimento delas (R$ 2.292). Embora venha caindo de forma lenta, o índice é importante por dimensionar o quanto nossa atuação como empresa antenada é fundamental.

Como disse no início do texto, temos novos desafios. Para as empresas, as metas já estão traçadas e, agora, o momento é de execução. Para nós, mulheres, o ano será de novas conquistas e devemos nos preparar para isso. Algo que faço questão de frisar é a importância da capacitação, afinal, o aprendizado e a informação são fundamentais para ocupar a função desejada, independentemente da época ou do cenário. É a parte mínima dessa escalada.

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